terça-feira, 24 de maio de 2011

Profissão: Atendimento.

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ATENDIMENTO BOM TEM QUE SER MEIO MASOQUISTA

Seria desejável ser inteiramente masoquista e não apenas “meio”. Se você tem afinidade com o tema, você tem futuro! Você corre o risco de um dia ouvir o elogio: “este é um cara bem resolvido com a sua profissão”. Atendimento de agência sofre. E muito. Tá certo: é um sofrimento muito mais psicológico do que físico. Por estranho que soe o que vou dizer, tudo parece ter uma relação de ambivalência indestrinçável.
Veja que ele é ao mesmo tempo o topo e a base da profissão. É de quem mais se cobra conhecimento e – por paradoxal– é quem mais é chamado de incompetente e inútil. É o que precisa ser o mais completo e ao mesmo tempo é o que se permite existir sem ter qualquer formação específica. O profissional de atendimento é assim como um goleiro: ocupa uma posição imprescindível, insubstituível, sem ele não há jogo. Mas às vezes não sabe sequer chutar uma bola, porém, uma coisa é certa: ele jamais é invejado. Comparei com um goleiro? Hummm... sinta só a ambivalência: já nem sei se não deveria ter comparado com um técnico de futebol. Pois vejamos: é ele quem tenta organizar os talentos, administrar as performances. Ele é quem mais precisa conhecer os fundamentos de cada área, precisa saber chutar e como se mata uma bola quadrada, mas não joga. Tem uma área ao lado do campo, quase dentro, mas não entra. Quando entra é pra causar confusão. É quem dá as entrevistas antes e depois dos jogos e é a sua cabeça que é pedida quando tudo dá errado. É, é isso: o Atendimento é como um técnico de futebol! 

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